terça-feira, 3 de dezembro de 2019

O professor será substituído pela tecnologia?





Desde que as novas ferramentas foram introduzidas no ensino, há uma crença equivocada de que o professor estaria na lista das profissões a serem extintas em um futuro não tão distante. Isso porque, se antes o docente era tido como o mestre que dominava o conhecimento e só através dele se tinha acesso a um determinado conteúdo, hoje, na era da informação, tudo está disponível na Internet à distância de um clique. E essa democratização de acesso a dados e informações vem transformando a atuação e as expectativas relacionadas ao trabalho dos docentes.


SANTOS, Milton. POR UMA OUTRA GLOBALIZAÇÃO:do pensamento único à consciência universal.




No mundo da globalização, o espaço geográfico ganha novos contornos, novas características, novas definições. E, também, uma nova importância, porque a eficácia das ações está estreitamente relacionada com a sua localização. Os atores mais poderosos se reservam os melhores pedaços do território e deixam o resto para os outros. Numa situação de extrema competitividade como esta em que vivemos, os lugares repercutem os embates entre os diversos atores e o território como um todo revela os movimentos de fundo da sociedade. A globalização, com a proeminência dos sistemas técnicos e da informação, subverte o antigo jogo da evolução territorial e impõe novas lógicas.

Outro fenômeno a levar em conta é o papel das finanças na reestruturação do espaço geográfico. O dinheiro usurpa em seu favor as perspectivas de fluidez do território, buscando conformar sob seu comando as outras atividades. 

CIBERCULTURA. Alguns pontos para compreender a nossa época.




O imaginário do século XXI, construído no século passado, colocava-nos em meio a uma certa fascinação com robôs e máquinas voadoras em um mundo asséptico, ao mesmo tempo que nos alertava quanto os horrores do controle maquínico da vida humana, da perda das relações sociais autênticas e de um afastamento perigoso da natureza. O péssimo Matrix Reloaded nada mais é que um infeliz atualização desse imaginário. A cibercultura encarna esse imaginário e esses problemas estão, em maior ou menor graus, presentes. No entanto, poderíamos dizer que o nosso futuro do presente é mais humano do que o futuro do passado pensado pelas utopias e distopias do século XX. Assim, longe de um mundo dos Jetsons (limpo, feliz, asséptico, roboitizado) ou mesmo de um total deserto do real de 1984, a sociedade contemporânea está viva no que o humano tem de mais radical, um presente caótico, violento. Devemos assim estar abertos às potencialidades das tecnologias da cibercultura e atentos às negatividades das mesmas. Devemos tentar compreender a vida como ela é e buscar compreender e nos apoderar dos meios sócio-técnicos da cibercultura. Isso garantirá a nossa sobrevivência cultural, estética, social e política para além de um mero controle maquínico do mundo. Para os que sabem e querem olhar, nas diversas manifestações socioculturais da cibercultura contemporânea podemos constatar que ainda há vida para além da articialização total do mundo. O fenômeno ainda está em sua pré-história e esse objeto dinâmico se transformará com certeza. Afirmamos que

hoje, o nosso presente é imune às assepcias e controles generalizados. Há ainda vida na técnica e não o deserto técnico do real.